Iran Schleder
Comunicação CBCa
Foto: Aloar Filho/COB
A jovem Ana Sátila de apenas 16 anos, atleta mais jovem da delegação brasileira e entre todos os competidores na Canoagem Slalom, ficou muito perto de garantir a vaga para as semifinais do K1 Feminino na tarde desta segunda-feira (30) no Lee Valley White Water Centre, em Londres.
A brasileira estreou muito nervosa pela presença de milhares de pessoas no local e fez sua primeira descida num tempo (179.92) que não é condizente com suas atuações na Canoagem Slalom. Já na segunda eliminatória a brasileira levantou a plateia com uma descida muito sólida e emocionante, levando o público ao apoiá-la a cada passagem de baliza.
“Eu cometi alguns erros na primeira descida, mas estava muito mais focada e tranquila na segunda. Eu realmente estava focada em fazer o melhor pelo meu país. Estou muito feliz de estar entre as melhores do mundo e vim para cá com o intuito de aprender ainda mais”, analisou a brasileira após as eliminatórias.
Millhares de pessoas estiveram presentes hoje nas disputas da Canoagem Slalom em Londres 2012.
Ana esteve muito perto de passar para as semifinais terminando na 16a posição (os quinze melhores tempos passaram de fase) com o tempo de 110.83. Na primeira colocação das eliminatórias ficou a espanhola Maialen Chorraut (98.75), seguida pela britânica Lizzie Neave (98.92) e pela italiana Maria Clara Giai Pron (99.66). As semifinais da categoria acontecem nesta próxima quinta-feira.
A disputa dos Jogos Olímpicos Londres 2012 foi um grande aprendizado para a jovem brasileira que agora foca seus treinamentos para o Rio 2016. “Eu quero o ouro no Brasil e vou treinar ainda mais para isso”, disse.
Rio 2016 e legado esportivo
Os Jogos Olímpicos Londres 2012 está contagiando o público, atletas e dirigentes. Um dos exemplos do legado que o evento deixará para a cidade de Londres será o Lee Valley White Water Centre, local construído para as disputas da Canoagem Slalom e visto com grande potencial esportivo e turístico após a realização das Olimpíadas.
“Temos dados que a pista aqui em Lee Valley já recebeu antes dos Jogos Olímpicos mais de 130 mil visitantes desde sua abertura há um ano atrás. Só este dado por si já mostra o potencial esportivo e turístico que um canal como este possui e certamente no Rio de Janeiro este potencial poderá ser explorado com muito sucesso”, ressaltou o presidente da Confederação Brasileira de Canoagem, João Tomasini Schwertner.
Para o Rio 2016 o projeto da construção do Canal Olímpico em Deodoro, no Rio de Janeiro, também seguirá o modelo de Londres, no qual a exploração do local para a realização de eventos esportivos e de lazer torne o canal autossustentável em pouco tempo. “Desde de Munique 72 que os temos seguidos exemplos que os canais de Canoagem Slalom são bem sucedidos como legado esportivo. Imaginemos então no Rio de Janeiro a poucos quilômetros do centro da cidade. Certamente que será um sucesso”, finalizou Tomasini.
Confira todos os resultados no link: http://www.london2012.com/canoe-slalom/
